sábado, 25 de junho de 2011

Photo by Ricardo friede Jr II

Photo by Ricardo friede Jr I

Another World

Às vezes me pego pensando sobre tantas coisas que não significam absolutamente nada. Se eu acredito em outros mundos? Acredito. Acredito que eles coexistam com o nosso, mas passam por despercebidos diante de nossos olhos. E as evidências disto são demasiadamente ignoradas por nossa mente limitada. Quantas vezes não olhamos por uma janela, ou entre duas árvores, e o que vimos não pertencia ao nosso mundo, mas nem nos tocamos? Somos incapazes de observar os pequenos detalhes da vida, e por isso essa cegueira. Muitas vezes uma cartilha, anotações, folhas de árvores, um anúncio imobiliário, um papel de bala ou o que seja, que foram jogados fora de outros mundos, e o vento os carregou por alguma janela e deixou caído em alguma rua por aqui, e quando passamos, nem nos damos conta de que aquilo não pertence à este mundo. Porém, algumas pessoas conseguiram descobrir algumas portas para esses mundos. C.S.Lewis descobriu Nárnia. Tolkien descobriu a Terra Média, com o condado dos Hobbits. Phillip Pulman descobriu Oxford, com as pessoas e suas almas em forma de animais, os daemons. Rick Riordan descobriu o acampamento meio-sangue. Brandon Sanderson descobriu a Bibliotecônia Interior. Garth Nix descobriu A Casa. Eoin Colfer descobriu o mundo das fadas.Enfim… Agora as pessoas pensam “Hey, mas esses são escritores, e esses lugares são fantasias de suas cabeças, não são mundos paralelos”. Mas aí é que se enganam! Essas pessoas foram capazes de nos ensinarem sobre lugares que nenhuma mente poderia conceber, a não ser a daqueles que realmente tivessem a capacidade de fechar os olhos e espiar por uma janela um outro mundo. Mas talvez esses mundos não existissem antes de suas mentes os verem, mas depois que a semente brotou em suas mentes, Narnia e todos os outros mundos nasceram, e milhões de pessoas já leram seus livros e imaginaram como são esses lugares. Mas muito pouco delas foi capaz de acreditar de verdade neles, verem além da ficção e descobrirem, assim como esses escritores, o mundo que existe dentro de si. É disso que eu falo, o mundo que existe dentro de cada um de nós, e que esses escritores foram capazes de encontrar o caminho e nos ensinar, através de suas histórias, a encontrarmos os nossos. Porém muito pouco dos leitores conseguem isso, imaginam que aquilo é pura fantasia. Não! Cada um de nós possue um mundo dentro de si, para onde é capaz de ir, se fechar os olhos. Aonde estamos seguros, vivemos nossas próprias aventuras e qualquer coisa que queiramos pode acontecer. Essa é a verdadeira Nárnia. Essa é a verdadeira Terra Média. Este é o verdadeiro Reino das Fadas, a Terra do Nunca, A Casa e enfim… Nosso mundo interior, aonde somos quem somos, sem nenhuma casaca, e temos o poder de fazermos o que quisermos. O que custa, num momento pessoal, você fechar seus olhos e se imaginar num outro mundo? Crie seu mundo, o explore, mapeie cada canto dele, e nunca o abandone. Quando você achar que já conhece ele de fronteira a fronteira, explore mais. Entre nas cavernas, mergulhe nos rios, suba nas árvores, pergunte as histórias de seus moradores. Cada vez que você o visitar será uma nova surpresa. Eu pessoalmente tenho o meu bosque, para onde vou quando quero. É extremamente bom, numa hora ruim, ouvir uma música, fechar os olhos e observar as folhas das árvores de meu bosque caindo. É isso, talvez me achem doido, talvez achem que isso é alguma forma de fugir da realidade, entrar dentro de si ao invés de encarar os fatos. Mas fatos são relativos, e o que importa é você estar bem consigo mesmo. Nunca gostei mesmo da realidade. Fatos pra mim são realidades ruins dos outros que eles mesmos não aguentam e jogam nas nossas caras. Pense nisso.