domingo, 4 de agosto de 2013

Buziel, the Buizel.


"Quanto vai ficar, moça?" "40 reais" "Mas não custa 5 cada um?" "Não, esse aqui é 10!" "Mas estava junto com os de 5 nessa prateleira." "Então colocaram errado, é 10" Então paro e penso: Esse buizel é tão bonitinho, vou levar ele mesmo assim. E foi assim que começou essa "relação" minha com esse pequeno boneco, comprado numa lojinha no bairro Liberdade, daqui de São Paulo, em meados de agosto de 2011. Alguns dias depois, eu encontro um blog de um viajante, que possuía um boneco de um zumbi, do jogo "Plants Vs Zombies", do qual ele tirava fotos nos diversos lugares do mundo em que passava. Achei a idéia genial, e decidi fazer o mesmo (mesmo que eu não viaje tanto - na verdade, quase nada). Então escolhi o Buizel. E assim começou. Na praça perto de casa, enquanto caía o sereno da noite, no painel do carro, na rodoviária, aeroporto, piscina, na Avenida Paulista... Aonde eu ia, eu o levava no bolso, e havendo uma oportunidade, tirava uma foto. Criei um álbum no facebook, um tumblr só para ele (que desisti, pois preferia postar no meu pessoal mesmo), e aos poucos, meus amigos e familiares se acostumaram comigo e aquele brinquedo. Ele viajou comigo para Baependi, Caxambu, Cananéia, Itu, Campinas, Valinhos, São Paulo... Foram muitas fotos, muitas curtidas no instagram (muitas para mim são 10, 15, já que nunca cheguei nisso antes HASUHSUAHUAS). Até nas provas mais difíceis, eu o tirava do bolso e colocava em cima da carteira, não que achasse que ele daria sorte, e muito menos pra ele me ver fazendo a prova, sei que era só um objeto, mas eu me acalmava ao vê-lo, e me lembrava de tudo pelo que já passei com ele. Todos os lugares. Enfim. No final de 2012 cometi um dos meus piores erros: ao ver uma pessoa que na época significava muito para mim com medo e sofrendo, emprestei ele para que a pessoa tivesse algo para se apegar e se acalmar, e assim o pegaria de volta na próxima vez. Porém, antes dessa próxima vez, descobri que essa pessoa era mentirosa, falsa, estava traindo minha confiança até a última dose. Brigamos, e nunca mais a vi. Tive que fazer de tudo para que um amigo conseguisse recuperar o Buizel, e ele conseguiu. Foram 3 meses longe que ficamos. Porém, com ele de volta ao meu bolso, tudo voltou ao normal. Ele começou comigo minha nova vida aqui em São Paulo (depois da idéia sem noção de largar tudo e ir para o sul). Novo apartamento, novos trajetos, mesma faculdade, mesmas caras de bunda dos meus colegas... E foi um semestre inteiro juntos. E então veio o ocorrido. Nessas férias de julho, viajei para Santa Maria - RS, e o levei comigo. Tirei foto no avião (mesmo com a aeromoça pedindo para que eu desligasse a câmera). Tirei várias outras. Porém, no meio da viagem, em uma tarde em que fui no cinema, ele simplesmente sumiu do meu bolso. Passei uma semana procurando nos lugares em que passei, inclusive perguntei no cinema, shopping, lojas... (parecia um retardado procurando por um pokémon laranja de 5 cm). Mas nada. E assim foi. Enquanto o avião decolava para vir para São Paulo de volta, eu olhei o solo gaúcho ficando para trás, e pensando no Buziel (o Buizel se chamava Buziel, nome criativamente dado pelo meu amigo Lark). Claro que meu coração ficou apertado. Claro que espero que meu amigo o ache atrás de alguma estante e me entregue algum dia. Claro que o quero comigo ainda muito mais tempo. Claro. (TIM e Oi, me perdõem pela propaganda à sua rival). Mas de qualquer forma, pensando de forma positiva, o Buizel era parte de mim, e se fosse para deixar parte de mim em algum lugar, que fosse em Santa Maria, cidade que amo. E resumindo, é difícil abrir mão de coisas que carregamos conosco. Hábitos, lembranças, manias, pessoas... Mas as vezes é necessário. Não que não deva doer. Mas nem tudo estará conosco para sempre. E temos que saber seguir em frente, mesmo que pedaços da gente fiquem para trás. E aproveitar cada segundo, pois uma hora seremos nós a ficar para trás. E quando isso acontecer, temos que ter aproveitado ao máximo, cada amor, cada amigo, cada momento. [adicionando isso depois de postado: "aproveitar cada amor" foi no sentido de amor da mãe, pai, amigos, avós, avôs, etc. Ainda mantenho minha opinião de que uma vez encontrado o amor verdadeiro, devemos lutar para que seja único e eterno]. Enfim, é isso. Estava com saudades de escrever aqui, e resgatei o blog para mostrar para o bocó =3  que é um... bocó xD e resolvi escrever de novo (e escrevi demais). Ok, vou postar.

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